“Não há melhor lugar para se vencer do que Nova Iorque”. Foi com esta emblemática frase que Phil Jackson iniciou oficialmente sua segunda passagem pelos New York Knicks. O ex-treinador foi apresentado como novo presidente de operações da franquia nesta terça-feira, no Madison Square Garden. Duas vezes campeão da NBA como jogador da equipa, o integrante do Hall da Fama tentará agora reconduzir os nova-iorquinos às glórias em sua primeira experiência como dirigente.
“Esta é uma óptima sensação. Não poderia pensar em melhores oportunidades do que aquelas que recebi em minha vida. Aqui está mais uma oportunidade maravilhosa para fazer algo que amo – estar com uma equipa de basquetebol, esperando criar um grupo com jogadores que amem jogar uns com os outros”, disse o profissional de 68 anos, que possui 11 títulos da NBA como técnico de Chicago Bulls e Los Angeles Lakers.
Jackson assinou contrato de cinco temporadas com os Knicks e receberá US$12 milhões por seus serviços anualmente – um dos maiores salários já pagos para um dirigente na NBA. O então presidente de operações, Steve Mills, continuará na franquia com o cargo de gerente geral. Como o alto investimento sugere, o dono James Dolan afirmou que o novo “reforço” chega com autonomia total.
“Eu não sou um especialista em basquetebol. Sou um torcedor e minhas habilidades estão em gerenciar companhias e negócios. Então, acho que estou um pouco fora de lugar quando o assunto é o clube. Fico feliz agora em termos Phil e Steve para tomar essas decisões e meu trabalho limitar-se a apenas apoiá-los para buscarmos campeonatos”, explicou Dolan, que já recebeu críticas dos fãs nova-iorquinos pelo perfil centralizador.
Um dos motivos da contratação de Jackson teria sido convencer o astro Carmelo Anthony, que pode tornar-se agente livre no meio do ano, a seguir nos Knicks. Apesar de rumores contrários, ele garantiu que a renovação do extremo é uma prioridade. “Não existem dúvidas de que Carmelo é um dos melhores pontuadores da liga, talvez o melhor em situações de isolation. Eu não tenho problemas em dizer que ele está em nossos planos futuros”, cravou.
Já Mike Woodson pode não contar com tanta simpatia por parte do novo chefe. Especula-se que o técnico será demitido assim que a temporada terminar por alguém mais familiar com o método de trabalho do presidente. “Mike já provou que é um bom treinador. Certamente, nós vamos conversar ao fim do ano”, limitou-se a dizer o “homem forte”. Steve Kerr, Kurt Rambis e Jim Cleamons são especulados como possíveis substitutos de Woodson.
Atualmente, Jackson vive em uma casa de praia na Califórnia e especula-se que não estará em Nova Iorque para comandar as operações do Knicks in loco por parte do ano. Isso pode não parecer muito otimista para os torcedores nova-iorquinos, mas, mesmo com quase 50 anos de basquetebol, o ex-treinador mantém o vigor de alguém que está atrás de seu primeiro anel da NBA. “Nós vamos fazer as coisas acontecerem aqui”, prometeu.
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