A Liga Portuguesa de Basquetebol (LPB) inicia-se hoje com uma novidade em relação à prova da época passada: são 12 as equipas participantes nesta sexta edição da competição mais importante organizada pela federação. No entanto voltam a pairar sobre a prova algumas incertezas e complicações que tem nos últimos anos marcado os arranques da principal competição da modalidade. Depois dos problemas suscitados com a arbitragem no inicio da semana entre tanto resolvidos é agora a vez da Académica de Coimbra voltar a ser assombrada pelo espectro de ter de abandonar a Liga Portuguesa de Basquetebol (LPB) ainda antes de arrancar o campeonato o que inclusive fez com que a sua partida desta jornada fosse adiada para Janeiro.
Numa prova que voltará a ser marcada pelas dificuldades económicas dos clubes, as equipas já estão a postos para mais uma época, que se prevê muito emotiva. O SL Benfica parte novamente como a principal candidata a renovar o título. O técnico Carlos Lisboa continua a dispor de um grupo de trabalho cheio de qualidade e opções. O melhor reforço talvez seja a recuperação de Seth Doliboa, ainda que vá demorar mais algum tempo a recuperar sua melhor forma desportiva, se bem que o poste norte-americano Davi Weaver já tenha demonstrado que sabe dominar no jogo interior. Os encarnados voltam a ter a base da Selecção Nacional, com o base Mário Fernandes a juntar-se a Betinho e Carlos Andrade no cinco base. Jobey Thomas, tal como acontece todos os anos, foi o atirador escolhido por Lisboa para esta época, contando ainda com Gentry e os internacionais, Cláudio Fonseca, Tomás Barroso, Diogo Careira, e os jovens, mas também internacionais, Pedro Belo, Carlos Ferreirinho e Artur Castela para a rotação da equipa e qualidade no treino. Para além da equipa lisboeta surgem a seguir a Ovarense Dolce Vita, o Vitória de Guimarães, o CAB Madeira e o Sampaense como as equipas mais fortes na luta por tirar aos encarnados a supremacia da prova. A equipa vareira mantém o núcleo da última época ao qual acrescentou a experiência de André Pinto. Mantém-se fiel aos seus princípios, à sua filosofia de jogo, tem uma base de trabalho de anos e um espírito muito competitivo. A continuidade da grande maioria dos jogadores, a coesão que os une, as rotinas ofensivas bem solidificadas, fazem com que sejam um adversário sempre muito complicado e, acima de tudo, muito regular, característica importantíssima, numa competição longa. A juventude e a rotatividade do banco possam ser um problema com que o treinador Carlos Pinto está certamente preparado para lidar.
Este ano o campeonato tem também o interesse de ver em acção muitos jogadores portugueses jovens que graças a crise vão receber a oportunidade de ganhar minutos na liga numa atitude digna de louvar uma vez que só assim poderão ganhar a experiência necessária para ir consolidando a sua carreira na modalidade.
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